Rolim de Moura,

Milho: Chicago fica estável nesta 3ªfeira com equilíbrio entre colheita lenta e demanda fraca
XP indica “ambiente pressionado” no mercado interno

Publicado 22/10/2019
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Foto: Pixabay

Depois de flutuarem entre os campos negativos e positivos ao longo do dia, os preços internacionais do milho encerraram a terça-feira (22) com estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações obtiveram movimentações máximas de 0,75 pontos positivos.

O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,88 com alta de 0,75 pontos, o março/20 valeu US$ 4,00 com ganho de 0,50 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 4,06 com estabilidade e o julho/20 teve valor de US$ 4,13 também com estabilidade.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,26% para dezembro/19 e de 0,25% para o março/20, além de estabilidade para o maio/20 e o julho/20.

Segundo informações da Agência Reuters, o futuro do milho ficou estável na terça-feira, sustentado por uma colheita mais lenta do que o esperado e preocupações com rendimentos mais baixos em algumas áreas, mas limitado pela fraca demanda de exportação.

Na última segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que a colheita do milho americano evoluiu apenas de 22% para 30%, contra a expectativa do mercado de 34%. Há um ano, esse índice era de 48% e a média plurianual de 47%. 

O relatório apontou também que são 56% das lavouras de milho em boas ou excelentes condições, contra 55% da semana anterior e 54% da expectativa do mercado. Há 30% dos campos em condições regulares e 14% em situação ruim ou muito ruim. 

Do outro lado da balança, as inspeções de exportação melhoraram para 20,9 milhões de bushels (530.860 toneladas), mas ainda são quase metade da quantidade necessária semanalmente para atingir a previsão do USDA para a safra de 2019, de acordo com o analista sênior de grãos da Farm Futures, Bryce Knorr.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram registradas desvalorização.  

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Castro/PR (1,30% e preço de R$ 39,00), Assis/SP (1,37% e preço de R$ 37,00), Cascavel/PR (1,54% e preço de R$ 33,00), Ponta Grossa/PR (2,78% e preço de R$ 37,00), Brasília/DF (3,03% e preço de R$ 34,00) e Dourados/MS (4,48% e preço de R$ 35,00).

Em sua publicação diária, a XP Investimentos destacou que, após registrar o maior preço em quase um ano e meio, o mercado de grãos volta a operar em ambiente pressionado.

“Nesta terça-feira, a forte baixa do dólar frente ao real, operando abaixo de R$ 4,10, faz com que os vendedores do mercado interno ofertem mais. Nos últimos dias, estes especulavam no mercado local (subindo preços e encurtando ofertas), justamente por conta da firmeza nos portos”, dizem os analistas.

O reporte ainda aponta que, “a baixa do câmbio, porém, causa queda nas indicações de porto e, aos poucos, vai tirando o suporte das referências. Para outubro, as indicações dos portos brasileiros oscilam em torno de R$ 40,00/sc, recuo de R$ 0,50/sc no dia”.

 

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