Rolim de Moura,

Startup do agronegócio, Agrofy recebe aporte de 23 milhões de dólares
Apesar de ter sido fundada no país vizinho, companhia tem no Brasil o seu principal mercado

Publicado 23/12/2019
A A
(Agrofy/Reprodução)

São Paulo – Voltada para o agronegócio, a startup argentina de Agrofy vai impulsionar seu negócio graças a um aporte de 23 milhões de dólares. Liderada pela SP Ventures, a injeção de capital de série B foi recebida na segunda-feira (16) e conta com a participação de fundos de venture capital americanos Fall Line Capital e ACRE Capital, ambos do Vale do Silício.

O novo aporte estava sendo negociado há alguns meses. Semanas atrás surgiu a informação de que a companhia havia recebido 25 milhões de dólares. O acordo oficial, firmado em 23 milhões de dólares com os investidores brasileiros e americanos.

Se contabilizado um aporte em venture round, essa foi a terceira rodada de captação da Agrofy. A startup recebeu seu pontapé financeiro inicial das empresas argentinas NTXP Labs e Glocal e escalou o negócio com um aporte de série A de 11 milhões de dólares realizado pela SP Ventures em conjunto com os fundos Syngenta Ventures e Bunge Ventures.

Fundada em 2015 por Alejandro Larosa e Maximiliano Landrein, a companhia atua com um marketplace digital voltado para o agronegócio e tem operações em nove países da América Latina. São mais de 150 mil produtos expostos por 10,3 mil vendedores na região. O tráfego mensal da plataforma beira 5 milhões de visitas únicas por mês. Principal mercado da empresa, o Brasil responde por 60% da operação. Sob o apelido de “Mercado Livre do agronegócio”, a companhia trabalha no País com 50 mil produtos de 1,4 mil lojistas.

O modelo de negócios é simples. A empresa fatura com o pagamento de uma mensalidade fixa para expor e fazer o meio de campo entre consumidores e fabricantes de produtos agrícolas. O valor mensal vai de 700 até 7 mil reais, de acordo com o cliente. A operação ainda não é de ponta a ponta. Todo o processo de pagamento e de logística ainda é de responsabilidade dos vendedores.

Fonte: exame.abril