Rolim de Moura,

VAR sofrerá mudanças em 2020. Confira quais serão as alterações
Mesmo com um saldo positivo, o VAR não é unanimidade e ainda necessita de melhorias

Publicado 06/01/2020
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Foto: JUSTIN SETTERFIELD

Em todos os campeonatos com o uso do VAR, seja na Copa do Mundo, na Premier League ou no Brasileirão, os números de acertos com o árbitro de vídeo são maiores do que nas competições anteriores sem ele. Mesmo com um saldo positivo, o VAR não é unanimidade e ainda necessita de melhorias.

Na Inglaterra, por exemplo, o VAR começou elogiadíssimo pela sua rapidez e transparência e terminou desagradando a muita gente. Algumas providências serão tomadas na Premier League deste ano. Entre elas:

– O árbitro de vídeo deverá consultar mais vezes o monitor à beira de campo. (No Brasil isso não é problema, aliás, pelo contrário. O árbitro consulta até demais.)

– Melhorar a comunicação com os torcedores passando mais informações no telão sobre o que exatamente está sendo checado.

A expectativa na Premier League é que os árbitros se acostumem cada vez mais com o VAR, tornando o processo mais natural, rápido e eficaz. E a melhor parte? Eles querem ouvir o torcedor para que possam sugerir melhorias.

No Brasil também teremos novidades:

– Central do VAR. Assim como na Copa do Mundo da Rússia, em que toda a operação do VAR aconteceu apenas em Moscou, a CBF pretende adotar esse formato. A central seria no Rio de Janeiro e a conexão com os outros estádios seria por meio de fibra ótica. Seria muito interessante centralizar o processo e a instrução em um país gigantesco. A grande questão é o alto custo dessa operação.

– Assim como na Inglaterra, no Brasil pretende-se passar mais informações ao torcedor. A CBF quer exibir as imagens da revisão no telão do estádio. O problema é que nem todas as arenas possuem telão. Nesses casos, o sistema de som terá que ser utilizado.

– Liberação de imagem e áudio quando necessário. Ou seja, somente quando houver o caos é que tudo será divulgado para ter transparência. Mas transparência mesmo seria liberar em qualquer situação, e não apenas para defender as decisões dos árbitros, como foi feito em 2019.

– Quadro de especialistas em VAR. A CBF quer especializar alguns árbitros para atuarem apenas como VAR. Acho isso ótimo, afinal, nem todos os árbitros possuem perfil para estarem na cabine. Além disso, há a possibilidade de aumentar a idade de permanência nessa função já que o teste físico não é necessário.

– Cabine mais vazia. A CBF pretende ainda tirar da cabine o AVAR1, que é o assistente do VAR. O intuito é ter menos falação na cabine e divergência de opiniões, acelerando o processo de decisão. Também concordo com isso.

Apesar de todas essas melhorias, a principal delas deveria ser na instrução. Os árbitros da cabine precisam ter critérios bem definidos na hora de chamar o árbitro para não repetir a bagunça que foi em 2019. Agora veremos na prática se essas mudanças realmente serão pra melhor.

 

 

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Fonte: Metrópoles