Rolim de Moura,

Milho: produtores devem estar atentos ao controle do complexo de manchas
Doenças como a mancha branca podem acarretar perdas significativas, caso o problema não seja enfrentado de forma precisa e eficaz

Publicado 21/05/2020
A A
Foto: ShutterStock

Os produtores rurais que plantarem a segunda safra de milho neste ano tiveram muitos desafios. Um deles foi de controlar o complexo de manchas na lavoura. Quem já sofreu com doenças como a mancha branca sabe que perdas significativas podem ocorrer, caso o problema não seja enfrentado de forma precisa e eficaz.

O momento da aplicação é de total atenção e foco na escolha dos insumos que serão utilizados no milho segunda safra. “Os produtores estão muito atentos, experimentando e utilizando cada vez mais novas tecnologias, com resultados excelentes de produtividade. E isso passa pela escolha do pacote tecnológico”, afirma o vice-presidente da Abramilho, Glauber Silveira.

Escolha dos produtos

O primeiro passo é orientação técnica e monitoramento constante na lavoura. Identificada a doença, o ideal é a utilização de fungicidas que tenham na sua formulação triazóis e estrobilurinas, eficientes no combate ao complexo de doenças que ataca a cultura.

Segundo o engenheiro agrônomo, Paulo Laurente, gerente de fungicidas da Syngenta, o combate é ainda maior e mais completo quando a aplicação é complementada por um fungicida que tenha na sua fórmula a mistura de dois triazóis especializados em manchas. “Esse produto complementar tem o poder de potencializar o controle do complexo de manchas e aí o produtor tem uma solução completa durante todos os ciclos da safra”, revela Laurente.

Isso acontece, de acordo com o agrônomo, porque a performance melhora e o espectro de controle é muito maior. Em áreas de alta pressão da mancha branca, por exemplo, a combinação dos fungicidas é essencial para a saúde do milharal.

Aplicação

A aplicação correta dos fungicidas vai depender muito da região onde o milho foi plantado, mas normalmente são duas pulverizações. A primeira delas, ocorre no estágio chamado V8. A segunda, já é no estágio VT, no pré-pendoamento da planta, 15 dias após a primeira aplicação. “Caso necessite de uma terceira aplicação, ela deve ser realizada 15 dias após a segunda pulverização”, afirma o engenheiro agrônomo Paulo Laurente.

Os resultados positivos aparecem na manutenção de folhas verdes, no incremento da produtividade, na maior resistência dos colmos e claro, no retorno dos investimentos.

Safra

Para a segunda safra deste ciclo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou em seu mais recente levantamento um total de 75,9 milhões de toneladas, um crescimento previsto de 3,7% sobre a “safrinha” do ciclo anterior.

Para quem busca aumentar a produtividade, a recomendação é sempre a mesma: orientação técnica, monitoramento constante, busca por tecnologia e escolha de produtos testados, seguros e com credibilidade no mercado.

Fonte: Canal Rural