Rolim de Moura,

Anderson Silva lembra caso de racismo sofrido pela irmã
O campeão do UFC declarou que sofre preconceito desde pequeno.

Publicado 04/06/2020
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FOTO: Anthony Geathers / AFP

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O lutador Anderson Silva relatou casos de racismo que ele e sua família sofreram, inclusive no bairro onde mora em Los Angeles. O campeão do UFC, em entrevista para a CNN Brasil, declarou que sofre preconceito desde pequeno, e lembrou quando a sua irmã foi alvo de racismo na escola.

"Minha irmã na escola, quando criança, as meninas seguraram ela e os meninos pintaram ela de giz. Quer dizer, é uma coisa que existe e está aí", disse Spider, lembrando quando sofreu na pele racismo na época em que trabalhava em uma famosa rede de fast food.

"Eu trabalhava em uma lanchonete e um senhor entrou na loja e perguntou se tinha alguém para atendê-lo, e ele disse que não queria ser atendido por um negro", lembrou.

Anderson disse ser lamentável o que aconteceu com George Floyd, morto por um policial branco, e afirmou que até mesmo nos Estados Unidos, já famoso, teve problemas com as autoridades.

"Quando me mudei para cá, onde a gente mora agora, eu tive vários problemas com a polícia da área. Porque vínhamos visitar a obra e até mesmo quando a casa estava construída. A polícia parava e perguntava onde eu estava indo e onde morava. Falava: 'moro aqui, em tal rua'. Os policiais seguiam até minha rua", disse o lutador em entrevista para a CNN.

"Tem dois lados: uma que nunca me viram aqui ou porque é segurança do bairro, mas prefiro acreditar que seja por conta disso. Porque meu carro não tenha sido visto ainda [na região]. Pararam todas as pessoas da minha família, meus filhos, minha esposa. E não foi uma vez só. Eu quero acreditar que seja por segurança, e não por racismo", completou Spider.

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