Rolim de Moura,

Adaptadas a Portugal, equipes de ginástica projetam Jogos
Em Sangalhos, 22 atletas comemoram retorno ao ginásio

Publicado 24/07/2020
A A

Os 22 atletas da ginástica artística e ginástica rítmica que compõem a primeira turma da Missão Europa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ainda estão na primeira semana de treinamentos no Centro de Treinamento de Sangalhos, localizado a pouco mais de 230 km de Lisboa. E a felicidade por retomar os trabalhos depois de mais de quatro meses de afastamento do ginásio é comum a todos.

Marcos Goto, coordenador da seleção de ginástica artística masculina, resumiu bem o sentimento da equipe verde e amarela: “A máscara esconde os sorrisos, mas nada foi capaz de esconder o brilho dos olhos”. Enquanto isso, Juliana Fajardo, chefe de Missão da Ginástica e responsável pelo cumprimento do rígido protocolo sanitário que está sendo seguido para a viabilização da Missão Europa, falou sobre o desafio de comandar a delegação nacional em Portugal: “Sem dúvida, essa é a missão mais desafiadora por todos os pontos de atenção, mas tem sido a mais recompensadora. É impossível mensurar a alegria e satisfação em ver nossos atletas e treinadores de volta ao ginásio”.

Além do alívio por poder retornar aos treinos, Rebeca Andrade, que esteve nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, comemorou também o maior espaço de tempo maior que terá para tentar a vaga nos Jogos de Tóquio: “Vou confessar que para mim foi muito bom. Tive oito meses parada, passei por uma cirurgia complicada e tive mais tempo para me recuperar e cuidar do meu joelho. Pude descansar bastante”. A principal chance da brasileira é através do campeonato continental, previsto para maio. Como a ginasta Flávia Saraiva já está garantida na competição individual, o Brasil teria apenas mais uma vaga. E Rebeca deve brigar por ela com americanas e canadenses.

Na ginástica artística, um fato interessante está marcando o retorno aos treinamentos. Três das dez brasileiras que integram o conjunto brasileiro são nordestinas: Victoria Kamilly, Victoria Borges e Bárbara Vitória. Esta foi uma realidade muito rara enquanto o centro de treinamento da seleção permaneceu em Curitiba (PR). Desde que a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) se mudou para Aracaju (SE), essa realidade mudou bastante. E, atualmente, durante boa parte do ano, o trio, ao lado da gaúcha Vitória Guerra, que também está em Portugal, fica concentrado em Aracaju.

Acostumadas a treinarem e conviverem juntas diariamente, as ginastas passaram 17 semanas distantes por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Por isso, a Missão Europa marca também o reencontro das atletas: “Esta é uma oportunidade incrível para nós. Foi um susto quando a pandemia começou e precisamos voltar para nossas casas. Imaginávamos que seria um mês, no máximo, e foi muito mais do que isso. Elas estão eufóricas, tenho que as controlar um pouco, pois elas estão muito felizes por estarem de novo no ginásio”, diz a treinadora da equipe, Camila Ferezin.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram