Rolim de Moura,

Pátria unida está sempre viva em Brasão, Selo, Bandeira e Hino, valores históricos

Publicado 18/09/2020
A A

Desde o início do Ensino Fundamental e Médio, as escolas ensinam a simbologia oficial do País, constantemente utilizada em atos cívicos, solenes, e na imensidão de documentos impressos ou eletrônicos.

Brasão, Bandeira, Selo e Hino representam a união nacional. Eles foram implementados pela Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, e incluídos na Constituição Federal.

São valores históricos, ensinam escolas, Universidades e Unidades Militares. Assinalam o sentimento de união da nação e da soberania.

Neste 18 de setembro comemora-se uma vez mais o Dia dos Símbolos Nacionais. A exemplo de todos os países do mundo, o Brasil tem os seus, muito utilizados em conferências, cerimônias diversas e eventos esportivos, entre outros atos.

Em tempos normais, algumas instituições de ensino, Forças Armadas, governos estaduais, prefeituras, Fundações, entre outros órgãos e instituições, promovem atividades que incentivam os estudantes a reconhecerem a importância desses símbolos.

A Lei nº 5.700 ainda determina todas as especificações que ajudam a padronizar os símbolos nacionais: dimensões, padrões, cores, apresentações, etc.

Bandeira Nacional: símbolo principal da nação brasileira, utilizado em diversas ocasiões para representar o País. Ela foi instituída no dia 19 de novembro de 1889, é composta de um retângulo verde, um losango amarelo sobreposto e um círculo azul com estrelas brancas, do qual está atravessada uma faixa branca com o lema nacional positivista*: Ordem e Progresso.

O artigo 20 diz que a Bandeira Nacional, quando não estiver em uso, deve ser guardada em local digno. As cores verde e o amarelo são herdados da Bandeira Imperial, e significam a Casa de Bragança (verde) e a de Habsburgo (amarelo).

Além disso, as cores fazem referência às riquezas do nosso país: verde das matas e florestas, amarelo do ouro, azul do céu.

As estrelas simbolizam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal). A disposição delas representa a constelação Cruzeiro do Sul.

Armas Nacionais: um símbolo que deve estar presente em todos os órgãos e instituições públicas do Brasil, representando todas as características que compõe a República Federativa. As Armas foram adotadas no mesmo dia em que a Bandeira. Foram idealizadas pelo engenheiro Artur Zauer e desenhadas por Luís Gruder sob encomenda de Deodoro da Fonseca, primeiro presidente brasileiro após a proclamação da República, no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro.

Representam a glória, a honra e a nobreza brasileira. É formada por um círculo azul-celeste, com cinco estrelas de prata, na forma da constelação do Cruzeiro do Sul e a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número idêntico ao de estrelas existentes na Bandeira Nacional; sobre o escudo, está uma estrela partida-gironada de dez peças de sinopla e ouro, bordada de uma tira interior de goles e de uma exterior de ouro; o todo brocante sobre uma espada, em pala, empunhada de ouro, guardas de blau, com exceção da parte do centro, de goles e contendo uma estrela de prata, está sobre uma coroa formada de um ramo de café frutificado, à destra, e de outro de fumo florido, à sinistra, ambos da própria cor, atados de blau.

O conjunto fica sobre um resplendor de ouro, cujos contornos formam uma estrela de vinte pontas; há ainda, brocante sobre os punhos da espada, um listel de blau, com a legenda República Federativa do Brasil, no centro, e as expressões 15 de novembro, na extremidade destra, e de 1889, na sinistra.

Hino Nacional: por norma, o Hino Nacional Brasileiro é reproduzido durante o ritual de hasteamento da Bandeira Nacional, seja em solenidades e eventos oficiais do Governo, eventos esportivos, culturais ou nas escolas. A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada e a música elaborada por Francisco Manuel da Silva.

Criado em 1831, teve diversas denominações antes do título, hoje, oficial. Ele foi chamado de Hino 7 de abril (em razão da abdicação de D. Pedro I), Marcha Triunfal e, por fim, Hino Nacional. Com o advento da Proclamação da República e por decisão de Deodoro da Fonseca, que governava de forma provisória o Brasil, foi promovido um grande concurso para a composição de outra versão. Participaram 36 candidatos, entre eles Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno e Francisco Braga.

O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva havia se tornado extremamente popular desde 1831.

Em meio a comoção popular, Deodoro da Fonseca disse:

“Prefiro o hino já existente!”.

Deodoro, muito estrategista e para não contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo Miguez, considerou a nova composição e a denominou como Hino da Proclamação da República.

Selo Nacional: usado para autenticar documentos e atos oficiais do Governo, assim como certificados e diplomas emitidos por entidades reconhecidas pelo governo nacional. Formado por um círculo representando uma esfera celeste, exatamente igual à da Bandeira Nacional, ele tem ao redor as seguinte palavras: “República Federativa do Brasil”.

É usado para conferir a autenticidade dos atos de governo e dos diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas. Foi criado no governo de Marechal Deodoro da Fonseca, e é representado por uma esfera com as estrelas da bandeira que indicam as 27 unidades federativas.

*Segundo a professora de História Juliana Bezerra, o positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Ela defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro. A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas como das leis da física, das relações sociais e da ética. “É notável, no positivismo, duas orientações: a orientação científica, que busca efetivar uma divisão das ciências; a orientação psicológica, uma linha teórica da sociologia, a qual investiga toda a natureza humana verificável. A corrente positivista promove o culto à ciência, o mundo humano e o materialismo em detrimento da metafísica e do mundo espiritual”, escreve Juliana Bezerra.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram