Rolim de Moura,

CBF é destacada entre as 650 maiores empresas do país
Pela primeira vez participando da publicação, entidade ocupa a posição 649 no estudo, que avaliou os balanços financeiros de 1.139 empresas do país.

Por FFER
Publicado 31/10/2020
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está consolidada entre as 1000 maiores empresas do país, de acordo com o Anuário Valor 1000 divulgado nesta sexta-feira, 30, pelo Jornal Valor Econômico. A entidade ocupa a posição número 649 no ranking geral, que avaliou os balanços financeiros de 1.139 empresas no país. O Anuário Valor 1000 é um dos mais tradicionais estudos econômicos brasileiros e está em seu vigésimo ano de publicação ininterrupta.

Classificada no setor de Serviços Especializados, a CBF foi também destaque entre as 20 empresas de todo o ranking com maiores índices de liquidez corrente, ficando em 18° lugar, com um indicador de 6,23 pontos, o que lhe garantiu também o primeiro lugar nesse quesito em seu setor. A liquidez corrente reflete a equação entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja, demonstra a capacidade da entidade de saldar seus compromissos de curto prazo.

Ainda dentro do setor de Serviços Especializados, a CBF foi a quinta colocada no item “Cobertura de juros”, que calcula o Ebitda sobre as despesas financeiras, e a décima na avaliação da “Margem da Atividade”, que é o lucro da atividade sobre a receita líquida.

“A posição destacada da CBF neste ranking reflete o compromisso com uma gestão eficiente e transparente, em prol do desenvolvimento do futebol brasileiro. Esse desempenho financeiro responsável permite que venhamos aumentando a cada ano o nosso investimento em caráter nacional e com forte componente equalizador”, afirma Rogério Caboclo, Presidente da entidade.

De acordo com a combinação de índices avaliados pela publicação, em 2019 a CBF apresentou uma variação positiva de 48% na sua receita líquida (R$ 868 milhões no total) e de 265% em seu lucro líquido (R$ 190 milhões no total). Para seu ranking, o Valor 1000 considera a receita operacional líquida das empresas, desconsiderando por exemplo, os valores provenientes de receitas financeiras.

Metodologia

Apresentados há 20 anos, os números consolidados e o ranking final das empresas que compõem o anuário Valor 1000 são resultado de um esforço coletivo de tratamento, tabulação e análise de dados que envolve profissionais do Jornal Valor Econômico, da Serasa Experian e do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAE).

As equipes responsáveis analisam de forma padronizada um conjunto de oito indicadores contábeis e financeiros a partir dos dados fornecidos pelas empresas, como forma de jogar luz sobre os diferentes aspectos da operação, definir o ranking final e os destaques dos 25 setores de atividade que compõem o anuário.

Os oito indicadores têm pesos diferentes para a elaboração do ranking final. O mais relevante é a receita líquida, o que ajuda a determinar o porte da companhia, com peso 2,5. Em seguida, aparecem a margem final (que mede o Ebitda sobre a receita líquida), com peso 2, e a rentabilidade do patrimônio (medida do retorno aos acionistas), com peso 1,5.

Receita e investimento recordes em 2019

A CBF registrou receita e investimento recordes no ano passado. A receita total foi de R$ 957 milhões, o que representou um aumento de 43,3% em relação a 2018. Este número foi alcançado, especialmente, pela elevação de três fontes de receitas da entidade: patrocínios, direitos de transmissão e comerciais e Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014.

Mais da metade desse montante foi aplicada direta e indiretamente no futebol. Dos R$ 535 milhões investidos pela CBF em 2019, destacam-se os R$ 215 milhões aplicados no custeio das Seleções Principal, Feminina e de Base e os R$ 320 milhões investidos na realização de competições de clubes e no fomento do futebol em todos os Estados brasileiros.

Combinando os anos de 2017, 2018 e 2019, os valores aportados superam R$ 1,37 bilhão.

O superávit do exercício foi de R$ 190 milhões, o que reflete um aumento de 265% em relação ao ano anterior.

Somando-se todos os encargos sociais e tributos federais, estaduais e municipais, a CBF recolheu aos cofres públicos o montante de R$ 189,6 milhões ao longo do exercício de 2019.

O ativo total da CBF ao final de 2019 foi de R$ 1,248 bilhão, um crescimento significativo em relação ao valor de R$ 1,046 bilhão registrado no ano de 2018. Antes de serem aprovados em Assembleia Geral, os números foram submetidos à auditoria independente e ao Conselho Fiscal da entidade. Em ambos, houve aprovação sem ressalvas.

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Fonte: FFER