Rolim de Moura,

Espécie em risco, macaco-prego-do-peito-amarelo nasce no Bioparque-Rio
Filhote macho recebeu o nome de Abu

Publicado 11/11/2020
A A

Antigo Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, o Bioparque do Rio anunciou hoje (11) ter dado um passo importante para a conservação da espécie Sapajus xanthosternos, popularmente conhecida como macaco-prego-do-peito-amarelo. Um filhote macho nasceu no dia 26 de setembro pesando cerca de 250 gramas. Ele recebeu o nome de Abu.

O macaco-prego-do-peito-amarelo é uma espécie de primata com ocorrência no norte de Minas Gerais, na Bahia e em Sergipe. São animais que vivem nas copas das árvores com uma alimentação variada, que inclui desde flores e frutos a pequenos répteis. Atualmente, estima-se que sua população varie entre 3 mil e 5 mil.

Na lista das espécies ameaçadas elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o macaco-prego-do-peito-amarelo está classificado "em perigo crítico". Trata-se do último estágio antes de ser declarado "extinto da natureza".  

Em 2018, a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) firmaram um acordo de cooperação técnica para a preservação de 25  espécies ameaçadas da fauna brasileira, incluindo o macaco-prego-do-peito-amarelo. No ano passado, o BioParque do Rio foi apadrinhado pela Azab como responsável pela conservação do primata.

Bioparque

Um dos mais antigos do país, o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro foi inaugurado pelo então presidente Getúlio Vargas em 1945. Situado na Quinta da Boa Vista, próximo ao Museu Nacional, ele está vinculado à prefeitura da capital fluminense desde 1985. Em 2016, o município decidiu repassar a administração para a iniciativa privada. 

Foi lançado um edital para concessão por 35 anos, vencido pelo Grupo Cataratas, que também é responsável pela gestão de outros importantes espaços de ecoturismo no país como o Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu, o Parque Nacional da Tijuca (Paineiras Corcovado) e o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (EcoNoronha). As obras para conversão do Jardim Zoológico em Bioparque tiveram início em 2018, com previsão de investimentos de R$80 milhões por parte da concessionária.

De acordo com o Grupo Cataratas, está sendo introduzido um novo conceito de zoológico: o espaço deixa de ser um local com caráter expositivo para se tornar um centro de referência para educação ambiental, pesquisa sobre espécies e projetos de conservação da biodiversidade. Para tanto, estão sendo seladas parcerias com instituições de pesquisa e universidades brasileiras.

A reprodução em cativeiro de animais em risco de extinção para reintrodução em seus ecossistemas originais faz parte do projeto. A área para visitação será mais restrita, já que o espaço dos animais será maior e voltado para ações de pesquisa. O Bioparque do Rio está atualmente fechado ao público. Está prevista a abertura antes mesmo da conclusão das obras, mas apenas sócios terão acesso nesse primeiro momento. O primeiro lote do plano familiar, para quatro pessoas, custa R$ 19,90 ao mês.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram