Rolim de Moura,

BR-364 - A RODOVIA DE SANGUE : Mortes e prejuízos econômicos constantes em Rondônia
Rodovia federal não atende à demanda de veículos pesados e as estaduais estão transformadas em buracos

Publicado 04/11/2019
Atualizado 04/11/2019
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Foto: Reprodução/Rondônia Dinâmica

Certas situações poderiam ser evitadas, caso a maioria dos administradores públicos fosse mais humana, por exemplo, e menos corrupta. Todos os dias os veículos de comunicação destacam em manchetes mazelas contra o bolso da população praticadas por entes públicos.

Enquanto vários grupos de políticos e empresários desonestos praticam atos ilegais, regulamente, certamente devido a certeza da impunidade, obras da maior importância ficam relegadas a planos inferiores, mesmo sendo essencial para a economia do município, do Estado, do País. Uma delas a BR 364, principal rodovia federal de Rondônia, que há tempo necessita de restauração e duplicação, porque foi construída na década de 80.

Rondônia é parte da Amazônia Legal e tem clima diferenciado das demais regiões. Há somente duas estações climáticas, o verão (seca) e o inverno (chuva) e precisa de tratamento diferenciado por parte dos nossos governantes, não importa se municipal, estadual ou federal, pois é fundamental, que a região seja atendida de acordo com as suas necessidades, pois o Brasil é um país continental.

A BR 364, no trecho de Porto Velho a Vilhena, com cerca de 700 quilômetros todos os anos fica quase que intransitável, durante o período de chuvas, que está iniciando. O Dnit não consegue manter um sistema de tapa-buracos eficiente e todos os anos, após as chuvas uma viagem de Porto Velho a Ji-Paraná (380 km), que normalmente seria feita em 4 horas não é completada com menos de seis horas devido a precariedade do pavimento, além dos constantes acidentes, boa parte com vítimas fatais em razão de buracos, acostamento ruim, sinalização precária, fiscalização deficiente, além dos abusos de motoristas e motociclistas.

O fluxo de veículos pesados em período de safras de grãos (soja e milho) de Rondônia e do Sul do Mato Grosso é enorme. Segundo dados passam pela 364 média de 2,5 mil carretas, bitrens, treminhões por dia levando os grãos para o Porto Graneleiro de Porto Velho no rio Madeira. Fora os veículos de passeio.

Cobramos com regularidade a bancada federal (senadores e deputados) alertando para a necessidade de restaurar totalmente o trecho entre Porto Velho e Vilhena, porque, além do assustador número de acidentes a economia regional fica prejudicada em razão da precariedade da BR 364.

Para agravar a situação das rodovias estaduais não é diferente, inclusive as de leito natural, pois estão esburacadas e o Departamento de Estradas de Rodagem-DER sucateado sem condições de atender a demanda. Estamos no início do inverno e já há regiões onde o transito está comprometido, com reflexo no transporte da produção agrícola, pecuária, leiteira, de alunos, inclusive de acesso a cidades.

Rondônia é um Estado em franco progresso, que estará completando 38 anos em janeiro próximo com terras produtivas o ano todo, porque aqui não ocorrem geadas e merece mais atenção dos nossos governantes, mais da esfera federal. Não basta ter um setor produtivo em constante evolução. Mobilidade é fundamental, justamente onde está um dos entraves para o futuro devido à falta de ações efetivas para restaurar e duplicar com urgência a BR 364, de Porto Velho a Vilhena e recuperação das rodovias estaduais, inclusive as de leito natural.

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Foto: Reprodução/Rondônia Dinâmica
Foto: Reprodução/Rondônia Dinâmica