Rolim de Moura,

PMA
Produção de folhosas cai 35% por conta do novo coronavírus
Segundo a PMA Brasil, produtores do Cinturão Verde de São Paulo enfrentam dificuldades com o setor de food service estagnado em meio à pandemia

Publicado 08/04/2020
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Foto: Ítalo Ludke/Embrapa

A PMA Brasil, entidade que representa a indústria de flores, frutas, legumes e verduras, fez um balanço do setor durante o mês de março, em função do surgimento do coronavírus no Brasil. De acordo com a entidade, frutas, legumes e diversos (batata, alho, cebola e ovos) continuam sendo os produtos mais procurados. Entretanto, o produtor vê com preocupação o aumento do custo do frete, principalmente para o Sul e o Nordeste do país.

Em relação às folhosas, como alface, houve forte redução na venda a restaurantes e, consequentemente, a semeadura no Cinturão Verde de São Paulo caiu 35%. “Os produtores estão em dificuldade, pois o food service está estagnado”, adverte a PMA.

No varejo, a demanda se desacelerou, já que o consumidor percebeu que não há risco de desabastecimento. O segmento de flores, entretanto, é o mais prejudicado, com redução de mais de 70% nas vendas.

Já as exportações do setor seguem estáveis, apenas com alguma dificuldade no transporte aéreo, além de problemas nas aduanas do Chile e Argentina por causa das restrições impostas por esses países, também em função da pandemia.

Em relação às importações de FLV e flores, houve queda na demanda por maçã, pera, kiwi, ameixa e citros, em função, também, da forte desvalorização do real ante o dólar.

Agora para abril, conforme a PMA Brasil, o grande desafio será prever o que o consumidor quer. “A imprevisibilidade das últimas semanas exigiu um esforço e mudanças de estratégia de gestão de pessoas, logística e comercial de todas as empresas para atender a todo o país e garantir o abastecimento”, diz nota da PMA Brasil. “A primeira etapa foi vencida, a duras penas por todos os lados. A pergunta agora é: quais são os produtos que os consumidores continuarão consumindo? Prever esse comportamento será o diferencial para que a indústria de frutas, flores, legumes e verduras possa se organizar e passar por essa fase difícil.”

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Fonte: Canal Rural