Rolim de Moura,

Nado artístico terá seletiva virtual fora d'água para torneio online
Mais de 70 atletas do país exibirão movimentos de casa, pela internet

Publicado 11/06/2020
A A
Foto: © Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Treinos e campeonatos em piscina foram suspensos pelo mundo devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Seria possível praticar uma modalidade com o nado artístico na sala de casa? É o desafio que atletas da modalidade terão nesta quinta-feira (11), a partir das 10h (de Brasília), em uma seletiva online para definir a seleção que representará o Brasil em um campeonato da modalidade, também virtual, organizado pela União Americana de Natação (Uana), no próximo dia 20 de junho.

"É uma situação inusitada, diferente, que ninguém previa. Mas, a partir do momento que a Uana resolveu movimentar a comunidade do nado desta forma, a gente se mobilizou e criou uma seletiva nos mesmos moldes. As categorias obedecem a mesma divisão que já existe (infantil, juvenil, júnior e sênior), com exceção do masculino, que terá uma categoria só. Os movimentos serão avaliados com parâmetros e por juízes do nado artístico", explica à Agência Brasil o supervisor de Nado Artístico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Maurício Pradal.

Os atletas serão analisados em dois movimentos. Entre as mulheres, burpee (flexão com salto) e posição de "Y" (a perna é erguida até ficar "colada" na orelha, seguindo requisitos de postura de ombros e pés). No masculino, chute de perna e flexão. Em cada gênero e categoria, será selecionado um atleta por habilidade ou um que representará o país em ambas. Clique aqui para ver o regulamento.

"O grande objetivo é movimentar a comunidade do nado e que todos se divirtam. Passamos orientações sobre tipo de roupa mais adequado, regras de posicionamento de câmera. Como faremos ao vivo e online, publicamos também requisitos mínimos de internet para os atletas se conectarem na plataforma", destaca Pradal.

Entre os mais de 70 inscritos segundo a organização, está Luísa Borges, integrante do dueto que disputará vaga na Olimpíada de Tóquio (Japão).

"Achei bem interessante porque nós, atletas, somos estimulados a competir. Falando por mim, que gosto de competir, penso que será positivo", conta à Agência Brasil a ganhadora do Prêmio Brasil Olímpico de 2019 no nado artístico, que defende o Fluminense e, desde o início da pandemia, tem realizado atividades caseiras acompanhada por técnicos do clube e do Time Brasil.

"As pessoas que já me orientavam na parte física continuaram me passando treinos específicos para casa. A gente continua tendo encontros [virtuais] com a Twila (Cremona, técnica do Fluminense e da seleção) e tentando se manter ativo. É bom para evitar a menor perda possível de rendimento", conclui Luísa, que representou o Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram