Rolim de Moura,

Preço do milho caiu mais de 13% desde o pico em março de 2020

Publicado 16/07/2020
Atualizado 16/07/2020
A A

Os preços do milho devem continuar firmes, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. Os fatores que dão sustentação à perspectiva são: oferta retraída, dólar em patamares firmes elevando a paridade de exportação nos portos brasileiros, consumo interno aquecido para o segmento de rações animais e maior movimentação de embarques para o exterior no decorrer de julho.

O indicador do milho Esalq/BM&F, com base em Campinas (SP), está cotado a R$ 49,78 por saca de 60 quilos, com alta de 4,2% nos últimos 30 dias e de 36,4% nos últimos 12 meses, mas acumula uma retração de 13,3% em relação ao pico deste ano, registrado em março de 2020.

Na Bolsa de Chicago, com a gradual recuperação dos preços do petróleo – cujas baixas afetaram a produção e a competitividade do etanol de milho produzido nos EUA –, as cotações futuras com vencimentos em 2021 subiram para um patamar entre US$ 3,47 e US$ 3,66 por bushel, ante US$ 3,30 por bushel para o vencimento setembro de 2020.

Demanda externa

Nos primeiros oito dias úteis de julho, o Brasil exportou 809.410 toneladas de milho, com volume diário 132% maior do que o embarcado em junho de 2020. Porém, a média diária de embarques em julho está em 101.176 toneladas, 60,7% abaixo do mesmo mês no ano passado.

No acumulado de janeiro a junho deste ano, os embarques atingiram apenas 3,322 milhões de toneladas, expressiva queda de 70,8% em relação ao mesmo período do ano anterior (de 9,036 milhões de toneladas).

Colheita e comercialização

“A colheita da segunda safra está em ritmo acelerado na região Centro-Oeste, mas não o suficiente para pressionar os valores”, informa a Cogo. Mato Grosso, o maior produtor do país, já comercializou 87% da produção estimada para 2020 e registra vendas antecipadas de 41% da produção esperada para 2021.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram

Fonte: Canal Rural