Rolim de Moura,

Confúcio Moura afirma que a pandemia da Covid irá deixar muitas consequências ao cidadão brasileiro
A construção de um Orçamento voltado aos direitos sociais, principalmente à saúde terá que ser bem pensado este ano, enfatiza o parlamentar

Publicado 24/06/2021
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O presidente da Comissão da Covid-19 (CTCovid-19), senador Confúcio Moura (MDB-RO), ao usar a palavra na sessão plenária dessa terça-feira (22), contou que vem sempre falando sobre vacinas, ora sobre outros temas relacionados à vacinação e à imunização do povo brasileiro, e que de agora em diante, o discurso será gradualmente mudado pela necessidade de se analisar as consequências da Covid-19.

Médico de formação, Confúcio Moura asseverou que, por mais que se queira dizer que se conhece e sabe tudo da Covid-19, muito pouco se sabe sobre essa doença. “A Covid está nos legando um tropel de complicações na saúde pública e na economia nunca previsto. A pandemia da Covid vai nos deixar muitas consequências. A pior delas é o número de mortes, que já ultrapassou 500 mil pessoas mortas”, lamenta.

As vacinas e as vacinações estão cumprindo o seu ritmo na forma como é possível, relatou Confúcio. Segundo ele, a partir de agora a Comissão da Covid irá analisar, por exemplo, os órfãos da Covid, as sequelas da doença e também como fazer para movimentar as cirurgias eletivas que estão represadas há dois anos.

De acordo com o parlamentar, há um paradoxo entre o crescimento da economia, visto o primeiro trimestre deste ano, não se atrela ao aumento do emprego, mesmo com o destaque que se dá ao aumento das exportações das commodities de um modo geral, que têm salvado o Brasil e ganhado projeções econômicas importantes. “Então, nós estamos atravessando um precipício, andando sobre uma corda bamba”, disse.

Confúcio Moura lembrou que o Colegiado realizou, recentemente, uma audiência com o professor Ricardo Paes de Barros e o professor, pesquisador Marcelo Nery em que eles esmiuçaram a situação atual do Brasil. Segundo Confúcio, Paes de Barros argumenta que o auxílio emergencial, massivo, para 70 milhões de famílias não surte efeito. O que é necessário, é uma identificação, município a município, porque o país tem uma capilaridade de mais de 250 mil pessoas ligadas aos CRAs dos municípios, que conhecem quem é pobre e quem perdeu o emprego.

O senador disse que o professor Paes de Barros sugeriu que o Governo foque principalmente nas famílias mais necessitadas, mais vulneráveis do País. “Então, justamente os mais vulneráveis foram os que perderam o emprego. E há necessidade de construir em cada família, em cada comunidade, um plano de desenvolvimento individual familiar ou comunitário. Não basta dar o dinheirinho lá. É preciso fazer algo mais para que essa pessoa consiga superar e continuar sua vida sozinha depois”, explicou.

O parlamentar lamentou que o Brasil ficou mais descrente na educação. “O tempo de escola ficou menor, tudo ficou diferente. Os direitos sociais tiveram uma grande queda, a renda média das pessoas com Covid teve queda, aproximadamente, de R$100 por família pobre. Isso é que o Professor Marcelo Neri falou”, destacou.

Ao finalizar, o senador sublinhou a necessidade de alteração do Orçamento este ano, e que é preciso, segundo ele, da construção de um Orçamento mais ligado aos direitos sociais, principalmente à saúde terá que ser pensado bem, tanto pelo relator como pelo presidente da Comissão de Orçamento.

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Fonte: Assessoria