Rolim de Moura,

Bolsa cai 1,97% com apresentação de proposta de tributar dividendos
Dólar subiu para R$ 4,93, após começar dia estável

Publicado 26/06/2021
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Num dia de turbulências no mercado financeiro, a bolsa caiu quase 2% e reverteu a alta acumulada na semana. O dólar fechou em leve alta, depois de encostar em R$ 5 no meio da sessão.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta sexta-feira (25) aos 127.256 pontos, com recuo de 1,97%. O indicador iniciou o dia com leve alta, mas passou a desabar após a apresentação da proposta da segunda fase da reforma tributária, enviada hoje pela equipe econômica à Câmara dos Deputados.

O indicador, que acumulava alta de 0,86% de segunda-feira (21) até ontem (24), fechou a semana com queda de 0,9%.

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 4,938, com alta de R$ 0,033 (+0,67%). A moeda começou o dia próxima da estabilidade, mas passou a subir após o anúncio da decisão de taxar dividendos em 20%. Na máxima do dia, por volta das 15h30, a cotação chegou a R$ 4,97, mas desacelerou perto do fim da sessão.

Apesar da alta de hoje, a divisa encerrou a semana com queda de 2,58%. Em junho, o recuo acumulado chega a 5,5%.

A proposta de tributar em 20% de Imposto de Renda a distribuição de dividendos (parcela dos lucros das empresas distribuídas aos acionistas e sócios) e de encerrar a distribuição de juros sobre capital próprio provocou instabilidade no mercado local. A tributação levará o mercado a rever os preços dos ativos nas próximas semanas.

O cenário externo também pressionou o mercado global. A divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos atingiu 3,4% em maio na base anual (quando o índice de um mês é projetado para os 12 meses seguintes) dividiu os investidores. Apesar de o número ter vindo abaixo das projeções, a inflação registrou a elevação mais rápida para meses de maio desde 1990.

A inflação alta nos Estados Unidos aumenta a possibilidade de que o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) eleve os juros antes do fim de 2022. Taxas mais altas em economias avançadas pressionam o dólar e a bolsa em países emergentes, como o Brasil.

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