Rolim de Moura,

Banco Central adia segunda fase do Open Banking para o dia 13 de agosto
A prorrogação acontece porque alguns bancos ainda estão realizando testes no sistema. De acordo com especialistas, o adiamento não traz impactos negativos ao consumidor e mostram preocupação com a segurança das informações

Publicado 26/07/2021
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A segunda fase do Open Banking, model que cria novos canais de comunicação e de acesso a serviços financeiros, regulado pelo Banco Central, foi adiada para o dia 13 de agosto. Inicialmente, o cronograma previa que essa etapa começaria no dia 15 de julho. Em um comunicado oficial o BC explicou que o adiamento se deu em razão de um pedido dos bancos que ainda realizam alguns testes.

“Dado que as instituições participantes estão finalizando os testes para a obtenção de certificações para homologação e registro de suas APIs, o Banco Central decidiu nesta data alterar o cronograma do início do lançamento da Fase 2 do projeto, que envolve o compartilhamento de dados cadastrais e transacionais de clientes, mediante seu prévio consentimento. Com isso, está sendo alterado esse início de 15 de julho para 13 de agosto de 2021”, diz a nota.

De acordo com a analista de capitalização e serviços financeiros do Sebrae, Cristina Vieira, a prorrogação dos prazos não traz impactos negativos para os usuários. “O Open Banking é um projeto grandioso que envolve diversas instituições financeiras do país. O adiamento desta fase, por motivo de testes, sinaliza a preocupação com a implementação do sistema. Há uma grande expectativa com a segurança e com a experiência do cliente ao usar as novas aplicações que serão lançadas”, diz.

Durante a segunda fase do Open Banking o usuário poderá solicitar o compartilhamento entre bancos de seus dados cadastrais, de informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados. Essas operações só acontecerão com autorização expressa dos consumidores e poderão ser suspensas a qualquer momento. O principal benefício é a competitividade. Será possível para os clientes receber ofertas de produtos e serviços mais adequados ao seu perfil, a custos mais acessíveis e de forma mais ágil e segura. Eles também poderão surgir soluções mais personalizadas de gestão e de aconselhamento sobre finanças pessoais, por exemplo. O ecossistema financeiro como um todo também ganha com mais inovação, maior competitividade e com a racionalização de processos.

“O Open Banking é um passo inovador no sistema financeiro brasileiro que irá beneficiar os micro e pequenos negócios com condições mais vantajosas para diversas operações bancárias. É a oportunidade para os pequenos empreendedores reduzirem custos fixos, relacionados à gestão financeira do seu negócio, melhorando seu fluxo de caixa e seus resultados. Todo o sistema está sendo regulamentado e acompanhado pelo Banco Central, assim como o PIX, é mais uma inovação que vem para agregar facilidades à vida dos usuários”, complementa Cristina.

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