Rolim de Moura,

Dólar fecha estável com PEC dos Precatórios e dados de inflação
Bolsa encerra em alta pelo segundo dia consecutivo

Publicado 11/11/2021
A A

A aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e a alta da inflação em outubro fizeram o dólar fechar o dia estável, apesar das pressões do mercado internacional. A bolsa de valores desacelerou perto do fim da sessão, mas teve alta pelo segundo dia seguido.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (10) vendido a R$ 5,50, com leve alta de 0,1%. A cotação passou a maior parte do dia em queda, chegando a R$ 5,43 na mínima do dia, por volta das 11h. No entanto, a alta da inflação nos Estados Unidos puxou a moeda para cima no fim das negociações.

A divisa acumula queda de 2,59% nos dez primeiros dias de novembro. No ano, a moeda norte-americana registra alta de 5,99%.

O mercado de ações teve um dia parecido, com as condições favoráveis que predominaram durante esta quarta-feira, perdendo força nas horas finais de negociação. O índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou aos 105.968 pontos, com alta de 0,41%. O indicador chegou 1,77% pouco antes das 14h, mas desacelerou com a queda dos preços internacionais do petróleo e com o desempenho negativo das bolsas norte-americanas.

Precatórios

A aprovação da PEC dos Precatórios, que agora passa a tramitar no Senado, foi bem recebida pelos investidores. Isso porque, embora o texto libere R$ 91,5 bilhões no Orçamento do próximo ano, o mercado considera que a rejeição da emenda poderia desencadear a edição de um decreto de calamidade pública com potencial de violar ainda mais o teto de gastos.

Em relação à inflação, a aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 1,25% em outubro aumentou as expectativas de que o Banco Central mantenha ou aumente o ritmo de alta dos juros. Taxas mais altas no Brasil tornam o país mais atraente para recursos estrangeiros.

O dólar só não fechou em baixa porque a inflação nos Estados Unidos também veio alta, atingindo 6,2% no acumulado de 12 meses, na maior variação anual desde novembro de 1990, pouco antes da Guerra do Golfo. Isso aumenta as apostas de que o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) antecipe os aumentos dos juros da maior economia do planeta. Taxas elevadas no exterior estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram