Rolim de Moura,

Dólar cai para R$ 5,10 com avanço das commodities
Bolsa fecha em alta de 1,8%, impulsionada por mercado externo

Publicado 03/03/2022
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Após duas altas seguidas por causa do estouro da guerra entre Rússia e Ucrânia, o dólar caiu no primeiro pregão após o carnaval, impulsionado pela valorização de minérios e de produtos agrícolas no mercado internacional. A bolsa de valores também foi beneficiada pela trégua nas bolsas norte-americanas e subiu pela segunda sessão seguida.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (2) vendido a R$ 5,107, com recuo de R$ 0,048 (-0,94%). Em um dia de poucos negócios após o feriado prolongado, a cotação abriu em R$ 5,21, mas caiu ao longo da sessão até encerrar próxima dos valores mínimos do dia.

O otimismo também se manifestou no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 115.174 pontos, com alta de 1,8%. Apesar da queda de ações de bancos, os papéis de mineradoras e de petroleiras tiveram forte alta, acompanhando as bolsas de Nova York e a alta das commodities (bens primários com cotação internacional).

Nesta quarta, o barril de petróleo do tipo Brent, o mais usado nas negociações internacionais, atingiu US$ 110,60, nível mais alto desde junho de 2014. O minério de ferro também se valorizou no mercado futuro, impulsionando as ações de empresas mineradoras em todo o planeta. As commodities têm subido por causa do impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia sobre a oferta de vários produtos agrícolas, de minérios e de derivados de petróleo.

Os investidores também reagiram a fatores não ligados à guerra no Leste europeu. Nesta quarta, o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, declarou que vai sugerir que o órgão aumente os juros básicos em 0,25 ponto percentual na reunião dos próximos dias. A elevação nesse ritmo beneficia países emergentes, como o Brasil, porque indica que o ciclo de alta nos Estados Unidos será gradual.

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