Rolim de Moura,

Dólar volta a subir e aproxima-se de R$ 4,75
Bolsa interrompeu sequência de quedas e subiu puxada por Petrobras

Publicado 08/04/2022
A A

As tensões em torno do aperto da política monetária nos Estados Unidos fizeram o dólar ter mais um dia de alta. A moeda aproximou-se de R$ 4,75 e praticamente anulou a queda observada em abril. A bolsa de valores interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas e subiu puxada pelas ações da Petrobras e pelas bolsas norte-americanas.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (7) vendido a R$ 4,741, com alta de R$ 0,026 (+0,56%). A divisa chegou a abrir em baixa, mas passou a subir assim que o mercado norte-americano abriu. Na máxima do dia, por volta das 13h, a cotação chegou a R$ 4,77.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de apenas 0,42% em abril. Em 2022, a divisa registra recuo de 14,97%.

O mercado de ações teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 118.862 pontos, com alta de 0,54%. Após operar em baixa durante a maior parte do dia, o indicador recuperou-se perto do fim da sessão, influenciado pela alta das bolsas norte-americanas e pelas ações da Petrobras, que subiram após a definição do futuro presidente da estatal.

A indicação do ex-secretário do Ministério de Minas e Energia José Mauro Ferreira Coelho para ser o novo presidente da Petrobras foi bem recebida pelos investidores. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) da companhia subiram 5,18%. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 5,22%. Ações mais negociadas na bolsa, os papéis da Petrobras têm o maior peso no índice Ibovespa.

No plano internacional, o dólar continuou a subir perante as principais moedas após a divulgação de que os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram na semana passada. Para parte dos investidores, isso sugere que o mercado de trabalho está perto da saturação e que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) pode aumentar os juros em 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em maio. Taxas mais altas em economias avançadas acarretam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram