Rolim de Moura,

Secretaria dos Direitos da Pessoa Idosa alerta para aumento de violência contra essa população
Debate foi realizado pela Câmara em razão do Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado nesta quinta (15)

Por Redação
Publicado 16/06/2023
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A representante da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa Symone Bonfim chamou a atenção dos deputados para o crescimento dos casos de violência contra pessoas acima dos 60 anos desde o início da pandemia de Covid-19. Em audiência na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (14), Symone Bonfim disse que, apenas no primeiro semestre de 2023, o Disque 100 já recebeu mais de 50 mil denúncias.

Essa violência, continuou Symone, pode ser física – como maus tratos, agressão e abandono –, e psicológica – que seriam ameaças, constrangimentos, tortura psíquica. Ela ressaltou ainda que também é comum o relato de abuso financeiro.

A deputada Flávia Morais (PDT-GO), que pediu a realização do debate, ressaltou que em muitos casos essa violência passa despercebida. “Muitas vezes esse idoso vive violência todos os dias e não tem coragem de ir na delegacia denunciar sabendo que seu neto, seu filho ou sua filha podem ser presos”, disse Flávia Morais.

Rede de apoio
A coordenadora da Frente Nacional de Fortalecimento das Instituições de Longa Permanência para Idosos, Karla Cristina Giacomin, lembrou que as políticas públicas também precisam se voltar para a família dos idosos. "Nós não temos no sistema de saúde equipes voltadas para o cuidado com equipamentos e rede de cuidados que apoiem a família na sua necessidade de cuidar”, disse Karla Cristina.

Segundo a coordenadora, 20% das pessoas que cuidam de um idoso precisam parar de trabalhar ou estudar. “Hoje a grande questão é que entre a pessoa que sofre violência e a rede de proteção é um labirinto, essa pessoa não consegue acesso", lamenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2030 o número de idosos já vai passar o de crianças no Brasil. Por isso, a necessidade de se pensar em políticas públicas para a população idosa agora, defendeu Vinicius Cursino, representante do Ministério da Justiça.

Segundo ele, o País precisa se preparar e não deixar para resolver um problema quando ele já for urgente, como costuma acontecer.

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