Rolim de Moura,

Lixo é o principal criadouro do mosquito que transmite a dengue, zika e chicungunya em Rondônia
Em 2020 o número de casos de dengue aumentou mais de 300% com relação ao ano de 2019

Publicado 11/01/2021
A A

O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Agência de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) detectou, através do último Levantamento Rápido de Ìndices para Aedes Aegypti (LIRAa), o principal criadouro do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika no Estado. 

De acordo com a coordenadora Estadual de Vigilância e Controle do Aedes aegypti, Bárbara Moura, em 2020 o número de casos de dengue aumentou cerca de 399% com relação ao mesmo período de 2019.

“Esse resultado pode estar ligado com as chuvas e também com a ausência do inseticida por parte do Ministério da Saúde, devido a substituição do mesmo. No final do ano passado tivemos uma redução dos casos, e isso se deve as ações de Ultra Baixo Volume (UBV- Carro de inseticida) da Agevisa nos municípios”, explica Barbara.

O LIRA é um método de amostragem, com o objetivo de conhecer indicadores entomológicos de forma rápida e oportuna. Observa índices de infestação predial, de densidade nos criadouros inspecionados e quais os criadouros predominantes. Por meio deste método descobriu-se que o lixo é o principal criadouro do Aedes Aegypti. Lugar onde são facilmente encontrados lata, copo plástico, garrafa pet, pneus, tampinhas, entres outros recipientes propício a fêmea do mosquito depositar os ovos.

Os objetos que servem de berçário para o transmissor das doenças, podem estar em terrenos baldios, quintais, ferro velho e em outras áreas mal cuidadas.

Em Rondônia, os dados do LIRAa apontam ainda seis municípios com maior risco de infestação do vetor da dengue, chikungunya e zika: Jaru, Ouro Preto do Oeste, Alto Paraíso, Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste e Cabixi. Nestas cidades foram encontradas no lixo, larvas do mosquito.

“Os municípios já estão abastecidos este ano com o inseticida, inclusive para estarem utilizando com a UBV costal, espécie de mochila, para utilizarem onde existirem casos confirmados”, explica a coordenadora. Barbara esclarece que a maior preocupação é com as gestantes que podem  transmitir ao bebê, causando sequelas.

CAMPANHA

Para reduzir os casos de dengue, chikungunya e zika no Estado em 2021, além da distribuição do inseticida aos municípios, o Governo do Estado por meio da Agevisa, intensificou as campanhas de conscientização no combate ao Aedes.

Outdoors reforçam a importância de manter quintais limpos, a fim de evitar a proliferação do mosquito.

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram