Rolim de Moura,

Secretário de Educação de Rondônia garante que não assinou pedido de recolhimento de livros

Publicado 08/02/2020
Atualizado 08/02/2020
A A
Foto: Rondoniagora

O secretário de Estado da Educação, Suamy Vivecananda, atendeu jornalistas na tarde desta sexta-feira (7) para apresentar a versão oficial sobre a determinação de recolhimento de livros da rede pública de ensino “com conteúdos inadequados a crianças e adolescentes”, que causou polêmica em todo o Estado na última quinta-feira (6). Entre os autores que teriam obras censuradas em Rondônia estariam nomes como Machado de Assis, Euclides da Cunha, Nelson Rodrigues e Rubem Fonseca.

Segundo o secretário o documento “é apenas um rascunho”, que tramitava internamente, não tinha a assinatura conclusa dele. “O documento não está concluso e não passou pela assessoria técnica que deixaria ele apto para eu assinar. Agora, de onde originou, ele é assinado, mas não com a assinatura conclusa que é a minha e eu não tive acesso a esse documento. O que se tem, é uma assinatura eletrônica. Obedecendo a hierarquia, muitos documentos, a exemplo desse, batem na assessoria técnica, antes de chegar na figura de quem assina convulsivamente e volta. Esse é um que não prosperou e não foi assinado por mim. Agora, lá embaixo, aqueles que estão discutindo a ação, automaticamente encaminharam, mas a assessoria técnica não chegou a ter acesso a isso”, esclareceu.

Questionado se a Seduc sabe de quem foi a ideia de criar o pedido, o secretário disse não saber. “O objeto são denúncias que vem e imediatamente nós vamos apurar. Os técnicos da secretaria, que geralmente encaminham qualquer tipo de pedido para frente ou retira, mas isso não significa que vai prosperar. De onde partiu a ideia da criação do pedido eu não sei”, disse.

O secretário disse ainda que os livros não foram considerados inadequados. “Eles não são considerados inadequados no ponto de vista teórico a meu ver. Agora, quem fez a denúncia entendeu como inadequado e a partir daí puxa-se toda e qualquer denúncia para ser analisada friamente e foi o que aconteceu”, explicou o secretário.

A denúncia recebida, segundo Suamy Vivecananda, afirmava que o livro tinha palavrões. “Mas eu não tenho conhecimento de qual livro se trata e nem de que escola partiu essa denúncia. Isso compete aos técnicos fazerem a avaliação. São clássicos da literatura brasileira, que tem grupos que entendem assim. Mas tem que ser analisado para podermos dar uma resposta sequencial a população. Nesse momento, a centralização dos técnicos em cima do objeto que é uma espécie de denúncia, é analisar e fazer um levantamento”, disse.

Agora, ressalta o secretário, o Governo irá fazer uma apuração do ocorrido. “Nós não podemos acusar ninguém sem avaliar a situação. Precisamos ser prudentes, porque senão a gente termina queimando etapas, agredindo e caluniando alguém que não tem nada a ver. Então, é algo que o Governo vai levantar para saber por onde tramitou isso para podermos chegar a uma razão”, disse Suamy Vivecananda

Sobre o recolhimento dos livros das escolas, o secretário garantiu que nenhuma obra será retirada. “São clássicos da literatura, fomos nós que adquirimos. Não existe a possibilidade de a Secretaria comprar um conjunto de volumes clássicos da literatura brasileira e estrangeira e ao mesmo tempo dizer que não vão ser levado para as escolas”, finalizou o secretário Suamy Vivecananda.

 

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram

Fonte: Rondoniagora