Rolim de Moura,

Sem coleta, lixo infectante se acumula em caixas improvisadas nos hospitais de RO
Contrato com a empresa responsável pela coleta do lixo hospitalar venceu na terça-feira (24). Cremero diz que há risco de contaminação.

Por G1 RO
Publicado 25/11/2020
A A

Com a suspensão da coleta de lixo infectante nos hospitais estaduais de Rondônia, várias caixas de papelão estão sendo usadas — de forma improvisada — para armazenar os materiais.

O contrato com a empresa responsável pela coleta do lixo hospitalar venceu na terça-feira (24) e não houve acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Imagens mostram várias seringas, faixas, frascos de medicamentos e luvas amontoadas em caixas de papelão.

Um dos flagrantes foi feito na clínica ortopédica do Hospital de Base, em Porto Velho. À reportagem, uma servidora disse temer uma possível contaminação de profissionais da saúde ou pacientes.

Até então, o trabalho era executado em todas as unidades da rede pública estadual pela mesma empresa.

Em nota, a Sesau disse que tentou prorrogar o contrato com a empresa até 31 de dezembro deste ano, pois já está com outra licitação em andamento. Entretanto, a empresa não aceitou, pois queria por um prazo de 180 dias.

Sem acordo, a empresa retirou das unidades todos os objetos e materiais utilizados à coleta de lixo hospitalar.

A equipe de reportagem entrou em contato com o governo para saber se o estado vai abrir uma contratação emergencial para a coleta de lixo hospitalar, e aguarda retorno da assessoria.

Fiscalização do Cremero

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) se manifestou sobre o acúmulo de lixo hospitalar nas unidades de saúde do estado e prometeu uma fiscalização.

"O risco de transmissão de doenças e contaminação, tanto de pacientes quanto de profissionais da saúde expostos a essa situação, é altíssimo e de grande preocupação para este Conselho", disse o conselho.

"Entendemos que se faz necessário e urgente, esclarecimentos e orientações sobre as medidas tomada pelos gestores para garantir que sejam seguidas fielmente as normas específicas de acondicionamento e descarte do material hospitalar. Caso encontrado irregularidades os ambientes fiscalizados estarão sujeitos a interdição ética".

Gostou do conteúdo que você acessou?

Quer saber mais? Faça parte dos nossos grupos de notícias!

Para fazer parte, acesse um dos links adiante para entrar no grupo do WhatsApp ou acessar nosso canal no Telegram

Fonte: G1 RO