Rolim de Moura,

Vigilância direcionada e notificação de doenças à Idaron são fundamentais para Rondônia se firmar como área livre de Aftosa
Para impedir fraudes e evasão fiscal, Governo do Estado implementou várias outras medidas, que vão desde o reforço na vigilância de fronteira a fiscalização em propriedades em parceria entre a Idaron e Sefin

Publicado 03/09/2020
Atualizado 03/09/2020
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Aliadas ao sistema de detecção precoce de doenças, a vigilância, principalmente a direcionada, e a notificação espontânea de enfermidades à Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), são pontos fundamentais para que Rondônia se firme no mercado internacional e seja reconhecido internacionalmente como área livre de febre aftosa sem vacinação.

O assunto foi destaque nesta quarta-feira (2) durante a sexta reunião da Equipe Gestora do Plano Estratégico do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febra Aftosa (PNEFA).

A reunião, convocada pelo presidente da Idaron, Júlio Cesar Rocha Peres, foi por meio de videoconferência e teve como objetivo prestar contas sobre o andamento das 42 ações do PNEFA, apontadas pelo Ministério da Agricultura (Mapa) como essenciais para que o Estado seja reconhecido pela OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) como região livre de aftosa sem vacinação.

“É uma reunião de extrema importância, através da qual alinhamos e definimos as estratégias necessárias para o enfrentamento, de forma integrada, dos desafios previstos para a defesa agropecuária no Estado de Rondônia, principalmente após a retirada da vacinação contra a febre aftosa”, salientou Júlio César.

Como Rondônia deixou de vacinar contra a doença, passando de livre de aftosa com vacinação para a condição de livre de aftosa sem vacinação, o presidente da Idaron explica que a vigilância é o preço a se pagar pelo status alcançado. “Há 21 anos não temos foco da doença em Rondônia. Alcançamos um status importante, mas, para mantê-lo, temos que unir forças, setor público e privado, e desenvolver ações conjuntas. Temos que entender que o programa de vacinação foi substituído pelo programa de vigilância”, acentua.

Segundo ele, além das ações que já eram realizadas, o Governo do Estado implementou várias outras medidas, com reforço na vigilância de fronteira, intensificação das barreiras volantes, fiscalização nas propriedades e parceria entre a Idaron e Secretaria de Finanças (Sefin) para impedir fraudes e evasão fiscal.

“Estamos trabalhando com a vigilância direcionada, com enfoque no trânsito de animais, com o sistema de detecção precoce e fortalecendo o sistema de notificação de doenças”.

O presidente acrescenta que a Idaron criou uma ferramenta disponível no site da instituição, referente ao sistema de notificação de doenças, para que o produtor, mesmo anonimamente, possa apontar suspeitas de foco de doenças. “Sem a vacinação, o produtor passa a ter um papel ainda mais importante para que o Estado aja no combate e prevenção de focos da aftosa”, salientou.

REUNIÃO

A equipe gestora do PNEFA, no âmbito da Idaron, é composta por representantes da própria Agência Idaron, da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/RO), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RO), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faperon), Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária (Fundagro), Fundo de Apoio a Defesa Sanitária Animal (Fefa-RO), Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro), Federação das Indústrias do Estado (Fiero), Sindicato das Indústrias de Frigorífico dos Estados do Mato Grosso e Rondônia (Sindifrigo) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB-RO).

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