Rolim de Moura,

Registro raro de macaco 'mestre da camuflagem' é feito em Rondônia
Pelos do animal podem se adaptar ao local em que está, segundo biólogo. Paraucus habitam a região amazônica, principalmente nos estados da região Norte.

Publicado 01/03/2024
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Foto: Arquivo TG

O macaco parauacu, mais conhecido como "macaco velho", foi flagrado em uma mata fechada no município de Candeias do Jamari (RO). O biólogo Flávio Terrassini revelou ao g1 que imagens do primata são consideradas raras, já que essa espécie é considerada "mestre na camuflagem".

Segundo o biólogo, a coloração da pelagem do parauacu (Pithecia irrorata) se assemelha ao musgo das árvores, assim como o do bicho-preguiça. Além disso, os pelos do animal podem se adaptar ao local em que está.

Como vive apenas em áreas de floresta fechada, o parauacu utiliza essa habilidade para se camuflar na mata e se esconder de seus principais predadores: harpia (gavião real), onça, jaguatirica, entre outros.

"Isso é uma adaptação que os mamíferos têm de acordo com o ambiente em que vivem. Eles se adaptam ao local, ficam quietos e acabam passando despercebidos. Por isso, esses registros são raros, é difícil ver esse animal na natureza", explica o biólogo.

Curiosidades e habitat
O parauacu é conhecido como "macaco velho" em razão da pelagem acinzentada. Ele costuma se alimentar da polpa das frutas, folhas, sementes jovens, flores, casca de árvores, vagens de leguminosas e alguns insetos, como formigas.

Uma curiosidade sobre o animal é que algumas espécies podem consumir o sal presente no solo para regular o pH do estômago, já que alguns brotos de plantas são tóxicos.

De acordo com o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve), desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), os paraucus habitam a região amazônica, principalmente nos estados da Região Norte: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e no cerrado do Mato Grosso.

Além disso, a espécie está classificada como 'Menos Preocupante (LC)', ou seja, não corre o risco de extinção.

 

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Fonte: G1/RO